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sábado, 1 de maio de 2010

PDL do Guará - deficit imobiliário na cidade é falácia!

Parque Três Meninas Total Abandono

Casa Daly

Casa Eficiente

Casas ecologicas San Francisco - 1

Casa Ecologica - Visita a Ecovilla Gaia, Navarro Bs As

Uma proposta de vida sustentável


As ecovilas são comunidades organizadas para desenvolver atividades centradas na harmonia e no equilíbrio entre as pessoas e o meio-ambiente. Centenas de ecovilas em todo o mundo estão se dedicando à pesquisa e experimentação de tecnologias “verdes”, educação ambiental, proteção e regeneração dos ecossistemas, assim como à busca do equilíbrio e plenitude pessoal e social de seus moradores.




Incorporado pelas Nações Unidas no Programa de Desenvolvimento de Comunidades Sustentáveis, o conceito das ecovilas faz parte de um movimento global que reúne cerca de um milhão de moradores em 15 mil vilas espalhadas pela Europa, Américas do Sul e do Norte, Austrália e África. Somente no Brasil há registros de 30 ecovilas em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Amazonas, Goiás e Paraná.



“Para as Nações Unidas, as ecovilas são a revolução do habitat, em que a auto-sustentabilidade vai ao encontro das necessidades do presente sem comprometer a sobrevivência das gerações futuras”.


Não tirar da terra mais do que podemos devolver a ela. Esse é o princípio básico das ecovilas, comunidades criadas longe das grandes cidades, que vivem sob o conceito de uma vida mais limpa, livre de estresse, trânsito e poluição.


As ecovilas são um projeto de vida perfeito para quem se preocupa com o meio ambiente e as gerações futuras. Definido como “assentamento agro-ecológico sustentável”, o conceito foi lançado mundialmente em 1995, quando também se estabeleceu a Rede Global de Ecovilas.



Nas ecovilas ao redor do mundo você encontra a prática de uma nova consciência ecológica: coleta seletiva, reciclagem e reutilização do lixo; uso racional e criativo da água e de outros recursos naturais essenciais para a vida; implantação de arrojados projetos de bioarquitetura que usam materiais locais e reciclados para construção de boas casas; geração de energia a partir de fontes renováveis como o sol, os ventos e a biomassa; tratamento de esgotos e purificação da água através de plantas, microorganismos e outras modernas técnicas biológicas (“living machines”); recuperação de micro-climas e até de ecossistemas criando as condições para a multiplicação ou reprodução de espécies animais e vegetais nativas ou adaptadas; agricultura orgânica; agro-florestas e outras tecnologias sustentáveis.


Uma ecovila é sempre um fascinante laboratório vivo de qualidade de vida ambiental e humana que atrai as pessoas com a mesma visão do futuro.


Assista o vídeo e conheça os princípios de um projeto ecovila:




Conheça um projeto de
ecovila em São Paulo na Revista aU, páginas 24 e 25.


Quem escolhe este tipo de vida se agrupa por afinidades culturais e profissionais desenvolvendo variadas atividades produtivas e assistenciais. O que todas têm em comum é a preocupação com o impacto ambiental da própria comunidade, a dedicação de seus moradores a economias sustentáveis, o relacionamento interpessoal baseado na solidariedade, na cooperação e na difusão das informações. Todas elas desenvolvem alguma forma de trabalho educativo e social, com o objetivo de melhorar a qualidade de vida da população dentro da sua área de influência. Uma ecovila é, antes de tudo, um exemplo de vida

AGROFLORESTAS

As agroflorestas são sistemas ecologicamente mais estáveis e biologicamente mais diversos, onde a diversidade tende a aumentar com as fases da sucessão natural.

Curso de Sistemas Agroflorestais

Dias 15 e 16, 22 e 23 de maio de 2010

Sítio Semente – lago oeste

Cuidando da natureza, cuidamos da Humanidade.

Venha aprender sobre o ancestral sistema de uso da terra, seus fundamentos, implantação, manejo e aplicações.

A Permacultura desenvolve modelos sustentáveis de ocupação humana em harmonia com o meio ambiente e que fornecem alimento, água, energia, habitação e retornos financeiros para uma determinada comunidade. A Permacultura é hoje uma ciência que surge diante de um planeta que pede cuidado e uma sociedade que pede ajuda. Ao beber de várias fontes do conhecimento ancestral e moderno, propõe na prática da cultura da permanência.

Acesse: http://www.ipoema.org.br

Cidades em Transição

O MUNDO EM TRANSICAO – O movimento inglês Transition Towns, criado e disseminado pelo inglês Rob Hopkins, transforma cidades em modelos sustentáveis e independentes de crises externas.

Fonte:Entrevista com o permaculturista Rob Hopkins, criador do movimento Transition Towns (Cidades em Transição)

Imagine cidades inteiras sustentáveis, baseadas no comércio local, independentes do petróleo e de importações de alimentos. Pois elas já existem graças à visão e ação de Rob Hopkins, criador do movimento Transition Towns (Cidades em Transição). Assustado com a dependência exterior do Reino Unido em combustível e alimentação e sabendo que esse cenário de mudança climática e escassez de petróleo só irá piorar nos próximos anos, Rob decidiu que apenas suas ações individuais como permaculturista não iriam bastar. Matéria de Thais Oliveira / Edição de Mônica Nunes, no Planeta Sustentável.

Com a sua vasta experiência em ecovilas e como professor de universidade, construiu um plano de mudança com o objetivo de alcançar a resiliência que, neste caso, significava a capacidade de sobreviver a choques externos como a escassez do petróleo, crises na produção de alimentos, falta de água e energia. Incluiu, nesse plano, todos os setores da sociedade – governo, setor privado e cidadãos – e todos os aspectos da vida cotidiana – saúde, educação, transporte, economia, agricultura e energia.

Sua primeira vitória foi em 2005, em Kinsale, na Irlanda, onde ensinava na universidade local, com a histórica decisão que levou o município todo a adotar o movimento como seu plano de gestão. Hopkins mudou-se então para Totnes, na Inglaterra, e transformou-a em vitrine do movimento. Devagar, a cidade de 8 mil mil habitantes pretende chegar em 2030 totalmente transformada e independente. Hoje já são mais de 110 cidades, bairros e até ilhas em 14 países do mundo convertidas na Transição.

O conceito é simples – apesar de trabalhoso – e flexível. Segundo Hopkins, cada comunidade adapta os doze passos iniciais do movimento à sua realidade e capacidade. Esses itens são apenas guias de como começar a quebrar a nossa dependência do petróleo, revendo os modelos de economia, comida, habitação e energia. Assim, essas cidades funcionam tanto no Japão quanto nos Estados Unidos ou no Chile. A idéia é parar de depender – ou depender minimamente – da tecnologia e voltar ao tempo onde não precisávamos de geladeiras, carros, tratores e aviões. Técnicas e conhecimentos dos nossos avós e ancestrais são valorizados e resgatados.

Uma das frentes do movimento reeduca a população e estudantes em aptidões como costura, gastronomia, agricultura familiar, pequenos concertos e artes manuais como marcenaria. Iniciativas incluem a criação de jardins comunitários para plantio de comida, troca de resíduo entre indústrias ou simplesmente o reparo de itens velhos, ao invés de jogá-los no lixo. O investimento em transporte público e a troca do carro pela bicicleta é inevitável para a redução das emissões de carbono. Em Totnes até uma nova moeda – a libra de Totnes – foi criada para incentivar e facilitar transações com produtores locais.

Diferente dos fatalistas que prevêem o fim do mundo em 2012 ou quadros horríveis de fome, seca e morte, os adeptos do Transition Towns têm uma visão realista, mas positiva, do futuro. Acreditam na ação transformadora de comunidades e no trabalho pesado para mudar as estatísticas. Em entrevista exclusiva ao Planeta Sustentável, Rob Hopkins fala sobre a origem permaculturista do movimento e de seu futuro.

Como surgiu a idéia do Transition Towns?

Toda a idéia do movimento surgiu através do meu trabalho como permacultor e professor de permacultura nos últimos dez anos. Quando comecei a me aprofundar sobre a crise de combustível e mudança climática, as ferramentas de resposta sobre o assunto eram as de permacultura. Mas o que eu percebi é que, apesar de a permacultura ser o sistema de design ideal para isso, o movimento é ainda muito pouco conhecido e tem quase uma aversão embutida ao mainstream. Por isso, o que quis fazer através do Transition foi criar um modelo em que a permacultura fosse implícita ao invés de explícita, que ela estivesse escondida dentro do processo para que as pessoas a descobrissem se assim a desejassem.

Como você definiria o movimento?

Ele ainda está numa fase inicial de implementação, ainda é muito novo, mas é muito simples. É um modelo de doze passos que leva ao processo de quebra da dependência de combustível. E, assim, abrange tudo: comida, economia, moradia e por aí vai. É aplicar os princípios de permacultura para esse objetivo de independência, mas com a esperança de abranger muito mais pessoas, em todos os setores, não somente os que originalmente se interessariam pelo assunto. O movimento quer ser positivo e focado, mas também muito inclusivo. Ele tenta apelar para todos igualmente. E acho que aí está a chave de seu sucesso.

Você conseguiu um fato inédito de incluir governo, comércio, todos os setores nos planos das cidades. Como isso foi feito?

Com muito trabalho de persuasão e organização. É muito difícil, mas precisava acontecer. A permacultura precisava avançar muitos passos e rapidamente porque segura peças importantes do quebra-cabeças que vão ser os próximos dez anos. Não temos muito tempo a perder.

Já são mais de 110 comunidades engajadas no movimento, mas apenas uma na América Latina: no Chile. Você acha mais difícil os países em desenvolvimento se engajarem?

No Brasil, existem algumas pessoas interessadas no movimento, mas esse interesse ainda está no nível do contato e não da participação ativa. Acho que os desafios são diferentes porque o que focamos é a idéia de ser resiliente, ou seja, a necessidade de reconstruir o modelo de sociedade. Aqui no Reino Unido, por exemplo, nós desmontamos tudo e acabamos com a possibilidade de nos mantermos de forma independente. Nós nos tornamos dependentes do comércio internacional e compramos o que queremos pelo menor preço possível de outros países. Com isso, nos isolamos e nos colocamos no lugar mais perigoso que existe.

Nos países em desenvolvimento ainda há mais independência, mas isso começa a ser desvalorizado, a se perder e a ser destruído. Acho que, nesse caso, a primeira coisa a fazer é colocar o valor de volta na produção de alimentos e nos conhecimentos tradicionais, porque, quando perdemos o valor nessas áreas, é muito difícil recuperar. Mas o movimento se traduz para todos os tipos de sociedade e casos. Não é rigoroso, é apenas um conjunto de princípios que pode ser adaptado a cada realidade, a cada cultura e contexto. É mais um convite do que um modelo rápido e duro.

Quais são os novos desafios do Transition Towns?

Estamos desenvolvendo um modelo de treinamento, um curso de dois dias em que as pessoas aprendem tudo o que precisam para começar a transformar suas comunidades. Esse treinamento é uma organização que está formando grupos de treinadores em todo o Reino Unido e começa a atuar, também, nos Estados Unidos, Canadá, Japão, Austrália e Nova Zelândia. Também estamos começando a dar consultoria para empresas em como elas podem ser mais independentes de combustível e mais sustentáveis. Trabalhamos também com o governo local para encontrar soluções. Assim, enfrentamos todas as frentes: sociedade, comércio e governo. Além disso, o “The Transition Handbook – from oil dependency to local resilience” (Ed. Green Books) está sendo traduzido em várias línguas e pode ser comprado através do nosso site.

* Matéria do sítio Planeta Sustentável, enviada por Edinilson Takara, leitor e colaborador do EcoDebate

Declaração Universal dos Direitos Humanos

“TODOS OS HOMENS TÊM DIREITO À LIBERDADE DE OPINIÃO E EXPRESSÃO; ESTE DIREITO INCLUI A LIBERDADE DE, SEM INTERFERÊNCIAS, TER OPINIÕES E DE PROCURAR, RECEBER, TRANSMITIR INFORMAÇÕES E IDÉIAS POR QUAISQUER MEIOS E INDEPENDENTEMENTE DE FRONTEIRAS".